sexta-feira, 27 de junho de 2008

REGGAE

TROJAN SET BOX- "Ganja Reggae"

A Trojan Records é uma das gravadoras mais importantes da história da música jamaicana. Fundada na Inglaterra em 1968, ela é especializada em ska, rocksteady,reggae, early reggae,skinhead reggae e dub, tendo no seu "cast" artistas na época iniciantes que posteriormente ficaram muito famosos, como Justin Hinds, Sugar Minott, Horace Andy, Lee Perry's Upsetters, Bob & Marcia, The Cimarons, Desmond Dekker, Bruce Ruffin, Nicky Thomas and Dave and Ansell Collins entre muitos outros...
A gravadora decidiu remasterizar títulos em vinil que estão fora de catálogo há muito tempo, devido à grande procura de colecionadores do mundo todo, relançando essas pérolas em seus famosos Box Sets.
Boa viagem..........

CD 1

1. Andy Capp - Herbsman
2. The G.G. All Stars - Ganja Plane
3. Lloyd Charmers - Ishan Cup
4. Glen Brown - Collie And Wine
5. Dice And Cummie - Free The Weed
6. Bob Marley & The Wailers - Kaya
7. Bob Marley & The Wailers - Kaya Version
8. Carl Murphy - Lick I Pipe
9. Jah T - Lick The Pipe, Peter, Part 4
10. The Observers - Pass The Pipe
11. Aston "family Man" Barrett - Herb Tree
12. Clancy Eccles - Ganja Free
13. The Upsetters - Kutchi Skank
14. Max Romeo - My Jamaican Collie
15. Rupie Edwards - Feeling High
16. Big Youth - Half Ounce
17.Leroy 'horsemouth' Wallace - Herb Vendor
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CD 2

1. Horace Andy - Better Calley (Aka Better Coll)
2. The Aggrovators - Calley Version
3. The Reggae Crusaders - Bring The Couchie Come
4. Niney & The Soul Syndicate - Coutchi Dub
5. Joe White - Ganja
6. Johnny Clarke - Collie Dread
7. Leslie Butler - Ashanti Ganja Dub
8. Rupie Edwards - Free The Weed
9. Rupie Edwards All Stars - Free The Weed Dub
10. Bunny & Ricky - Bush Weed Contrash
11. The Upsetters - Callying Butt
12. Tappa Zukie - Chalice To Chalice
13. Cornell Campbell - A Hundred Pounds Of Collie
14. Linval Thompson - I Love Marijuana
15. Linval Thompson - Jamaican Colley (Version)
16. Big Joe - Smoke Marijuana17. Ranking Dread - Marijuana In My Soul
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CD 3

1. Horace Andy - Collie Weed
2. Sly & The Revolutionaries - Marijuana
3. Dillinger - Marijuana In My Brain
4. Sly & The Revolutionaries - Herb
5. Barrington Levy - Collie Weed
6. Sly & The Revolutionaries - Collie
7. Scientist & The Roots Radics - Scientist Ganja Dub
8. Barrington Levy - Sensimilea
9. Scientist & The Roots Radics - Cannabis Dub
10. Derrick Morgan - The Great Collie Herb
11. Neville Brown - Babylon Don‚t Touch My Sensi
12. Neville Brown & The Roots Radi - Babylon Don‚t Touch My Sensi D
13. Mikey Brooks - Sensi Man14. Clint Eastwood - Ganja Baby
15. Ronnie Davis - Kaya16. The Tufftones - Sensi For Sale
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FUNK/GROOVES

SIMPLY FUNK - "Essential Funk Classics" (2007)

Compilação que reúne vários nomes peso-pesados do funk, boogaloo e jazz grooves como The Meters, Funkadelic, Kool & The Gang, Curtis Mayfield e várias outras feras brabas....
Dar um destaque para qual CD é melhor fica difícil, pois todos são muito bacanas e ótimos para desentortar o pé...
Enjoy !

CD 1 - Raw Funk

1. The Meters - Look-Ka-Py-Py
2. Betty Harris - There's A Break In The Road
3. Maceo & All The King's Men - Funky Women
4. The Meters - Yeah, You're Right
5. Joe Tex - I Gotcha
6. Charles Rouse - In A Funky Way
7. Kool & The Gang - Kind Of Funky
8. Gil Scott-Heron - The Bottle
9. Lee Dorsey - Gator Tail
10. The Meters - Ease Back
11. Clemon Smith - Brother Man, Sister Ann
12. Alvin Cash - Funky Washing Machine
13. Joe Tex - You Said A Bad Word
14. Joe Simon - Moon Walk
15. Skull Snaps - It's A New Day
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CD 2 - Party Party Funk

1. Joe Tex - Ain't Gonna Bump No More (With No Big Fat Woman)
2. Fred Wesley - Bop To The Boogie
3. Funkadelic - One Nation Under A Groove
4. Sir Joe Quarterman & Free Soul - I Got So Much Trouble In My Mind
5. Curtis Mayfield - Party Party
6. Alvin Cash - Keep On Dancing
7. Ripple - A Funky Song
8. Ava Cherry - Gimme Your Lovin'
9. Funkadelic - Cosmic Slop
10. Pee Wee Ellis - Moon Walk
11. Solomon Burke - Hold On, I'm Coming
12. Aaron Neville - Hercules
13. Goliath - Roving Minstrel
14. Lee Dorsey - Give It Up
15. Jackie Beavers - Singing A Funky Song (For You Baby)
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CD 3 - Sophisticated Phunk

1. Bobby Womack - Across 110th Street
2. Leroy Hutson - Blackberry Jam
3. Five Stairsteps - Madame Mary
4. Natural Four - Nothing Beats A Failure (But A Try)
5. Eddie Bo & Inez Cheatham - Lover And A Friend
6. Major Lance - Stay Away From Me (I Love You Too Much)
7. The Staple Singers - Funky Love
8. Curtis Mayfield - (Don't Worry) If There's A Hell Below We're All Gonna Go (live)
9. The Impressions - Something's Might Mighty Wrong
10. Bobby Womack & JJ Johnson - Harlem Clavinette
11. Bobby Franklin's Insanity - Bring It On Down To Me
12. The Jones Girls - Will You Be There
13. Linda Clifford - You Can Do It
14. Aaron Neville - Make Me Strong
15. Leroy Hutson - You're A Winner
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CD 04 - Funky Roots

1. Thomas East & The Fabulous Playboys - Bad Thing
2. Ted Ford - Pretty Girls Everywhere
3. The Staple Singers - New Orleans
4. Ann Sexton - Colour My World Blue
5. Geater Davis - I Ain't Worried About Jody (part 1)
6. Ohio Players - Find Someone To Love
7. Chris Kenner - Miniskirts & Soul
8. Ann Sexton - Sugar Daddy
9. Betty Everett - Hey Lucinda
10. Robert Parker - The Hiccup
11. Eldrige Holmes - Foxy Woman
12. Ernie K Doe - Stoop Down
13. Warren Lee - Mama Said We Can't Get Married
14. Moody Scott - Groovin' Out On Life
15. Ironing Board Sam - I Laugh
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Faith No More - "Small Victory"

Sem mais palavras, bom demais....

quarta-feira, 25 de junho de 2008

RAP/HIP HOP

BEASTIE BOYS - "Check Your Head" (1992)

Se no ótimo álbum Paul’s Boutique, o ar engraçadinho e festeiro do primeiro disco se acaba e as raízes do hip-hop old school são flertadas, em Check Your Head há uma evolução musical imensa e elimina-se totalmente a pecha de garotinhos brancos e judeus que querem bancar de rapper, agora eles são os próprios.
Produzido pelo brasileiro Mario Caldato Jr. o disco foi o primeiro a ser gravado no próprio estúdio da banda (G-Son), na Califórnia, e o primeiro a sair pelo selo próprio da banda, Grand Royal, que havia sido criado há pouco tempo, e de propriedade de todos os membros da banda (em 2001 fecharam as portas). Os BB voltam às suas raízes punk ( pela primeira vez, gravando com seus próprios instrumentos, fato que se repetirá em todos os discos posteriores) misturando Hip-Hop de samples e rimas,Jazz cabeçudo, guitarras funkeadas,Soul, Arena Rock, Folk Rock, Bossa Nova e até Pop.
Agora, depois de ler tudo isto, demorou pra baixar...

1. Jimmy James
2. Funky Boss
3. Pass The Mic
4. Gratitude
5. Lighten Up
6. Finger Lickin' Good
7. So What'Cha Want
8. The Biz Vs. The Nuge
9. Time For Livin'
10. Something's Got To Give
11. The Blue Nun
12. Stand Together
13. Pow
14. The Maestro
15. Groove Holmes
16. Live At P.J.'s
17. Mark On The Bus
18. Professor Booty
19. In 3's
20. Namaste
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RUN DMC - "Run DMC" (1984)

Os MCs Run (Joseph Simmons) e DMC (Daryl McDaniel) cuja sigla de seu apelido provém de Disco Mix Club - antiga convenção pós-Zulu Nation de DJ's e MC's que visava propagar o Hip Hop - criaram um novo paradigma para o hip-hop.
Este primeiro trabalho do Run DMC é um dos mais influentes discos de rap de todos os tempos, os mandamentos sagrados do rap. A produção é potente e também minimalista, trabalhando sobre uma base de bateria eletrônica com fragmentos de guitarra e sintetizadores, aliados com o scratching inovador de Jam Master Jay (Jason Mizell). DJ Run e Daryll DMC provocam os "Sucker's MC's" com incrível habilidade para intercambiar frases e acabar as rimas do outro, coisa que os Beastie Boys aprenderam, e muito bem, por sinal...
Ainda que o Run DMC não estivesse ligado a nenhuma gang, este álbum também foi o ponto de partida para o fenômeno do gangsta rap, movimento que voltaria a alterar a face do rap novamente, cerca de 5 anos mais tarde.

1. Hard Times
2. Rock Box
3. Jam-Master Jay
4. Hollis Crew (Krush-Groove 2)
5. Sucker M.C.'s (Krush-Groove 1)
6. It's Like That
7. Wake Up
8. 30 Days
9. Jay's Game
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terça-feira, 24 de junho de 2008

ALTERNATIVE ROCK

FISHBONE - "Truth and Soul" (1988)

Embora nunca tenha ficado tão famoso quanto seus amigos e conterrâneos de Los Angeles, o Red Hot Chili Peppers, o Fishbone também rompeu fronteiras musicais com sua exuberante e pioneira fusão de ska,funk,soul,jazz,rock e metal. O sexteto afro-americano foi formado ainda na escola, em 1979, tendo como núcleo Angelo Moore (voz e saxofone), Kendall Jones (guitarra), Norwood Fisher (baixo), Water Kibby II (trompete), Phillip "Fish" Fisher (bateria) e o tecladista e trombonista Chris Dowd.
Truth an Soul é um verdadeiro caleidoscópio de músicas originais, passando pelo hard-rock ("Freedie's Dead"), ska com metais brilhantes ("Ma & Pa"), trash/hardcore ("Subliminal Facism") e até baladas acústicas ("Change").
Um clássico.

1. Freddie's Dead
2. Ma And Pa
3. Question Of Life
4. Pouring Rain
5. Deep Inside
6. Mighty Long Way
7. Bonin' In The Boneyard
8. One Day
9. Subliminal Fascism
10. Slow Bus Movin'
11. Ghetto Soundwave
12. Change
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COLONEL LES CLAYPOOL'S BUCKET OF BERNIE BRAINS - "Big Eyeball in the Sky" (2004)

Les Claypool (ex-baixista do Primus) é um músico que ainda não descobriu os limites para a liberdade de sua música e sua criatividade parece não ter fim.
Este projeto foi formado depois de uma jam session no festival Bonnaroo Music and Arts Festival, em 2002 e conta com o guitarrista Buckethead (integrante da última formação do Guns'n'Roses), o ex-baterista do Primus e (tb do Guns'n'Roses) Brain Mantia, o tecladista funk Bernie Worrell e a participação especial nos vocais de Gabby La La acompanhada de sua cítara.
O baixo, logicamente em destaque, serve como base – sempre com aquele groove característico – para as aventuras vocais de Les e suas linhas melódicas caóticas, às vezes faladas, cantadas ou gritadas. Ou tudo isso junto.
Boa viagem...

1. Buckethead
2. Thai Noodles
3. Tyranny of the Hunt
4. Elephant Ghost
5. Hip Shot From The Slab
6. Junior
7. Scott Taylor
8. The BIg Eyeball in the Sky
9. Jackalope
10. 48 Hours To Go
11. Ignorance is Bliss
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segunda-feira, 23 de junho de 2008

ROCK

DECONSTRUCTION -"Deconstruction" (1994)

Este é o único álbum deste projeto de Dave Navarro (guitarra) e Eric Avery (baixo), ex-integrantes do Jane's Addiction, com o baterista Michael Murphy.
A curta duração do trio deixou pra trás uma notável mistura de folk, metal, funk, fake jazz e thrash com poesia beatnik.
O virtuosismo de Dave Navarro (que empresta sua voz em "Big Sur") e a qualidade das letras fazem de Deconstruction um álbum complexo e grandioso, uma obra-prima escondida ou até mesmo perdida no anos 90, merecedora de um lugar na discoteca.

1. L.A. Song
2. Single
3. Get at 'Em
4. Iris
5. Dirge
6. Fire in the Hole
7. Son
8. Big Sur
9. Hope
10. One
11. America
12. Sleepyhead
13. Wait for History
14. That Is All
15. Kilo
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24-7 SPYZ - "Strength in Numbers" (1992)

Banda formada em 1986 em South Bronx, New York City, são contemporâneos do Fishbone,Bad Brains e do Living Colour. À exemplo deste último, também construiu sua reputação em apresentações memoráveis no lendário e já extinto clube CBGB's. A diferença é que, num destes shows, os Colours toparam com um tal de Mick Jagger na platéia... O resto é história.
A sonoridade do 24-7 Spyz é uma salada musical com funk, metal, hardcore, jazz, soul e r&b, bem semelhante a outra banda predileta aqui da casa e pioneira desse combo sonoro, os californianos do Fishbone.
Enjoy !

1. Break the Chains
2. Crime Story
3. Judgement Day
4. Understanding
5. Got It Goin' On
6. My Desire
7. Purple
8. Stuntman
9. Earth and Sky
10. Room #9
11. Sireality
12. Last Call
13. I'm Not Going
14. Traveling Day

Dividido em 2 partes, pra não pesar na sua:

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DOWNLOAD2

sexta-feira, 20 de junho de 2008

terça-feira, 17 de junho de 2008

TRIBUTO - SUBLIME (1988 - 1996)

A vida curta do Sublime começou em 1988, quando os amigões Brad Nowell e Eric Wilson, criaram uma banda em Long Beach, Califórnia. Brad na guitarra, Eric no baixo e mais Floyd Bud Gaugh na bateria e nos samplers. O guitarrista tinha tido um contato com o reggae anos antes e levou a influência ao som do grupo, que misturava ainda altas doses de ska, hip hop, punk, funk, surf music e rock.

O começo da banda foi bem parecido com outras surgidas na Califórnia. Os amigos adoram, o pessoal da universidade idem, e o Sublime ia se tornando a banda mais popular do campus. Os caras vão levando aquela vida de sonho: bebendo com os camaradas, fumando uns baseados, surfando, tirando um som com todo o pessoal na praia e gravando as primeiras fitas.

A banda é uma verdadeira família. Todos são amigos, um desenha uns logos, outro ajuda em uma letra, e as bandas amigas, como The Ziggens, No Doubt e outras desconhecidas como Filibuster, Slightly Stoopid e Happoldts (banda de um grande amigo de Brad, Miguel) estão sempre presentes dando um apoio e uma canjinha. O Sublime faz muitos shows em pequenos espaços até chamar atenção de cada vez mais pessoas e rádios universitárias locais.


Rumo ao sucesso

Em 1992, o grupo gravou o primeiro disco, "40. Oz of Freedom", por um selo independente, o Skunk Records. A maioria das composições é do próprio Brad e conta com 2 covers: We’re Only Gonna Die, do Bad Religion, e Hope, do Descendents. As vendas foram boas para o formato independente, com 30 mil cópias só nos shows. Foi na época da turnê deste disco que Brad começou a se viciar em heroína.

O vício começou a dar problemas após o lançamento do segundo disco, "Robbin' The Hood". A música Date Rape (originalmente gravado por menos de 1000 dólares e considerada um clássico cult) tocou muito em rádio local e chamou atenção da MCA Records, mas no dia da negociação do contrato, Brad chegou bêbado e drogado com seu cachorro, que defecou na sala... Mesmo assim o contrato foi assinado.

Em "Robbin' the Hood", algumas musicas mostram claramente o sofrimento de Bradley na luta contra a heroína. Em Pool Shark, ele diz: "Um dia perderei a guerra...", e quem já o viu cantando essa música afirma que a expressão em seu rosto era de dor. Com esses dois álbuns lançados, a banda seguia bem na escalada para o sucesso, mas a vida de Brad continuava muito instável...

Em 1995, o grupo começou a gravação do terceiro álbum, o clássico "Sublime". Produzido pelo lendário surfista Paul Leary, o álbum mesclava reggae, ska, psicodelismo, influências de Hendrix e punk/ hardcore do começo dos anos 80. Um disco realmente memorável e vendeu impressionantes 4 milhões de cópias.

No meio da produção, Brad teve o filho Jakob James Nowell e os problemas com o vício em heroína pioraram. Com isso, em 1996 ele decidiu se internar em uma clínica de reabilitação durante seis meses. Em maio daquele ano, ele se casou com a mãe de seu filho, Troy Dendekker e sem direito à lua de mel, Brad caiu na estrada iniciou a turnê com o Sublime.


Fim nem um pouco sublime

Sete dias depois do casamento, Brad foi encontrado morto no quarto do hotel por overdose de heroína. Naquele dia ele acordou cedo, cheio de disposição, e foi levar Louie, seu inseparável dálmata para dar uma volta na praia. Foi a última vez que todo mundo o viu. Brad perdeu a guerra. Uma overdose de heroína levou a alma do Sublime bem quando a banda estourava nas paradas, e ele nem pôde presenciar esse sucesso...

Os integrantes da banda decidiram que não dava para continuar a tocar no Sublime sem Brad e colocaram um fim nas atividades. Em 1999 Bud e Eric formaram o grupo Long Beach Dub AllStars e continuaram a carreira na música.

Após a morte de seu líder, foram lançados sobras de estúdio como o play "Second Hand Smoke", o disco ao vivo "Stand By Your Van" e um disco solo de Brad com performances acústicas .


"40 oz. To Freedom" (1992)

1. Waiting For My Ruca
2. 40oz. To Freedom
3. Smoke Two Joints
4. We're Only Gonna Die For Our Arrogance
5. Don't Push
6. 5446 That's My Number/Ball And Chain
7. Badfish
8. Let's Go Get Stoned
9. New Thrash
10. Scarlet Begonias
11. Live At E's
12. D.J.s
13. Chica Me Tipo
14. Right Back
15. What Happened
16. New Song
17. Ebin
18. Date Rape
19. Hope
20. KRS-One
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"Robbin' the Hood" (1994)



1. Waiting For Bud
2. Steady B Loop Dub
3. Raleigh Soliloquy Pt.
4. Pool Shark
5. Steppin' Razor
6. Greatest-hits
7. Free Loop
8. Q - Ball
9. Saw Red
10. Work That We Do
11. Lincoln Highway Dub
12. Pool Shark
13. Cisco Kid
14. Raleigh Soliloquy Pt.
15. STP
16. Boss D.J.
17. I Don't Care Too Much For Reggae Dub
18. Falling Idols
19. All You Need
20. Freeway Time In LA County Jail
21. Mary
22. Raleigh Soliloquy Pt. 3/Don't P
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"Sublime" (1996)


1. Garden Grove
2. What I Got
3. Wrong Way
4. Same In The End
5. April 29, 1992 (Miami)
6. Santeria
7. Seed
8. Jailhouse
9. Pawn Shop
10. Paddle Out
11. The Ballad Of Johnny Butt
12. Burritos
13. Under My Voodoo
14. Get Ready
15. Caress Me Down
16. What I Got
17. Doin' Time
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"Second Hand Smoke" (1997)


1. Doin' Time
2. Get Out!
3. Romeo
4. New Realization
5. Don't Push
6. Slow Ride
7. Chick On My Tip
8. Had A Dat
9. Trenchtown Rock
10. Badfish
11. Drunk Drivin'
12. Saw Red
13. Garbage Grove
14. April 29th, 1992 (Leary)
15. Superstar Punani
16. Legal Dub
17. What's Really Goin' Wrong
18. Doin' Time
19. Thanx Dub
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"Sublime Acoustic: Bradley Nowell & Friends" (1998)


1. Wrong Way
2. Saw Red
3. Foolish Fool
4. Don't Push
5. Mary / Big Salty Tears
6. Boss D.J.
7. Garden Grove
8. Rivers Of Babylon
9. Little District
10. KRS-One
11. Marley Medley - Guava Jelly / This Train
12. What Happened / Eye Of Fatima
13. Freeway Time In L.A. County Jail
14. Pool Shark 15. It's Who You Know
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"Stand By Your Van" (1998)


1. Don't Push
2. Right Back
3. New Thrash
4. Let's Go Get Stoned
5. Greatest Hits
6. Date Rape
7. S.T.P.
8. Badfish
9. D.J.S.
10. Work That We Do
11. Poolshark
12. Ebin
13. All You Need
14. Waiting For My Ruca
15. Caress Me Down
16. KRS-One
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Deconstruction - "L.A. Song"



Fantástico !!!

Ainda este mês postarei o álbum !

segunda-feira, 16 de junho de 2008

ROCKABILLY/PSYCHOBILLY

THE CRAMPS - "Songs the Lord Taught Us" (1980)

Este disco de estréia dos Cramps é uma celebração dos elementos mais trash da cultura americana do século 20. Mastiga riffs de rockabilly, punk, filmes B e surf music, cuspindo de volta um som primal com com muita velocidade, mistura que valeu o termo "psychobilly".
O The Cramps provou com este álbum que não era preciso jogar todo o passado do rock dos anos 50 na fogueira para criar algo incrivelmente original, sem perder a sua essência. Para capturar esta nostalgia, o grupo foi para o estúdio Sam C. Phillips em Memphis, onde Elvis e Jerry Lee Lewis tinham feito algumas de suas primeiras gravações.
A base do Cramps é formada pelo maluco de carteirinha Lux Interior nos vocais e pela guitarra punk de Poison Ivy, que juntos formam o casal mais pirado do rock'n'roll .

1. TV Set
2. Rock On The Moon
3. Garbageman
4. I Was A Teenage Werewolf
5. Sunglasses After Dark
6. The Mad Daddy
7. Mystery Plane
8. Zombie Dance
9. What's Behind The Mask
10. Strychnine
11. I'm Cramped
12. Tear It Up
13. Fever Listen Listen
14. I Was A Teenage Werewolf (With False Start)
15. Mystery Plane
16. Twist And Shout
17. I'm Cramped
18. The Mad Daddy
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REVEREND HORTON HEAT- "Spend a Night in the Box" (2000)

Este power trio de Dallas, é um dos gigantes do rockabilly. Formado em 1985 por Jim "Reverend Horton" Heath (vocal e guitarra), Jimbo Wallace (violoncelo) e Scott Churilla (bateria) este grupo é cultuado no underground americano, e ao lado do Cramps e Meteors, são os maiores representantes do psychobilly.

1. Spend A Night In The Box
2. Big D Boogie Woogie
3. Sleeper Coach Driver
4. The Girl In Blue
5. Sue Jack Daniels
6. Hand It To Me
7. I'll Make Love
8. It Hurts Your Daddy Bad
9. The Bedroom Again
10. King 11. Whole Lotta Baby
12. The Millionaire
13. Unlucky In Love
14. The Party In Your Head
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PSYCHEDELIC ROCK

SYD BARRETT - "The Madcap Laughs" (1970)

No que, exatamente, se baseia a lenda de Syd Barrett ? Para começar, ele foi a cabeça pensante do sensacional álbum de estréia do Pink Floyd, The Piper at the Gates of Dawn, um marco do rock psicodélico.
Sua saída do Pink Floyd nunca foi revelada abertamente e ainda há sua fama de pintor recluso e história de doença mental misturada com o uso industrial de LSD...
The Madcap foi gravado em poucos dias, e contou com a colaboração de Roger Waters e David Gilmour (que substituiu Syd no Floyd). Syd mostra sua genialidade em "Dark Globe"; a bela slide guitar em "Late Night", tocada com um isqueiro; a soturna "Golden Hair" com trechos de poemas de James Joyce e "Here I Go".
A carreira solo de Syd Barrett foi breve, deixando gravadas apenas algumas horas de intensa criatividade... Mas a História permitiu que ele provasse o gosto de ser alguém que imprimiu sua marca própria na música.

1. Terrapin
2. No Good Trying
3. Love You
4. No Man's Land
5. Dark Globe
6. Here I Go
7. Octopus
8. Golden Hair
9. Long Gone
10. She Took A Long Cold Look
11. Feel
12. If It's In You
13. Late Night
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THE 13th FLOOR ELEVATORS - "The Psychedelic Sounds of the 13th Floor Elevators" (1966)

Aclamados em Austin, Texas, os Elevators já tinham feito shows em San Francisco antes de o movimento psicodélico ganhar importância.Depois, foi preciso ameaçá-los com suspensão de contrato para que voltassem a Austin e gravassem o que seria considerado o primeiro disco de acid rock.
Ao promover abertamente os benefícios dos alucinógenos na capa do disco, a banda nunca se tornaria querida pelas autoridades ("a busca da sanidade em seu estado puro...forma a base das músicas deste álbum", diz a contracapa).
A mistura de garage rock com R&B no disco contida é tudo, menos saudável... "Reverberation" e "tried to Hide" são um rockão intenso enquanto "Roller Coaster" e "Fire Engine" têm um tom sombrio.Os vocais de Rocky Erickson e os sons alienígenas do jug elétrico de Tommy Hall se somam à distorção geral.
Boa viagem...

1. You're Gonna Miss Me
2. Roller Coaster
3. Splash 1 (Now I'm Home)
4. Reverberation
5. Don't Fall Down
6. Fire Engine
7. Thru The Rhythm
8. You Don't Know
9. Kingdom Of Heaven
10. Monkey Island
11. Tried To Hide
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quinta-feira, 12 de junho de 2008

BLUES

MUDDY WATERS - "At Newport" (1960)

Muddy Waters passou boa parte dos anos 50 nas paradas de R&B, mas foi apenas em 1960 que se tornou conhecido das grandes platéias brancas, a quem apresentou o blues ao vivo.Se este álbum apenas representasse o momento em que o blues foi convidado a entrar nos lares da classe média americana, já valeria ser lembrado.
"At Newport" foi o disco que moldou o gosto de Jimmy Page e Eric Clapton pelo som urbano dos Estados Unidos, um trabalho que é em sua essência o testamento do magnetismo e sentimento do melhor do blues em estado puro.

1. I Got My Brand On You
2. (I'm Your) Hoochie Coochie Man
3. Baby, Please Don't Go
4. Soon Forgotten
5. Tiger In Your Tank
6. I Feel So Good
7. I've Got My Mojo Working
8. I've Got My Mojo Working (Part 2)
9. Goodbye Newport Blues
10. I Got My Brand On You
11. Soon Forgotten
12. Tiger In Your Tank
13. Meanest Woman

Dividido em 2 partes, pra não pesar na sua:

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DOWNLOAD2


JOHN MAYALL'S BLUES BREAKERS - "With Eric Clapton" (1966)

Na época em que este álbum foi lançado, começaram a aparecer pichações em Londres que decretavam : "Clapton é Deus". Qualquer um que duvide da capacidade de Clapton como bluesman deve escutar este disco, que incendiou a cena musical britânica.
A participação de Mayall não foi menos importante para o sucesso do disco...Algumas composições como "Little Girl" e "Key to Love" resumem muito bem o clima dos anos 60, mas mantendo-se sempre dentro da tradição do blues.
O Estuário do Tâmisa pode ficar muito longe do Delta do Mississippi, mas "Blues Breakers With Eric Clapton" conseguiu aproximá-los.

1. All Your Love
2. Hideaway
3. Little Girl
4. Another Man
5. Double Crossin' Time
6. What'd I Say
7. Key To Love
8. Parchman Farm
9. Have You Heard
10. Ramblin' On My Mind
11. Steppin' Out
12. It Ain't Right
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quarta-feira, 11 de junho de 2008

terça-feira, 10 de junho de 2008

PUNK ROCK/HARDCORE

JELLO BIAFRA WITH THE MELVINS - "Never Breathe What You Can't See" (2004)

Colaboração de Jello Biafra com a lendária banda americana The Melvins .
Jello é um dos mais cáusticos, influentes e ferrenhos críticos da política dos Estados Unidos, insuflando idéias socialistas e revolucionárias para centenas de milhares de jovens há mais de 20 anos.Possuidor de uma personalidade ímpar e dono de uma retórica que faz inveja à maioria dos artistas supostamente politizados, Biafra deve ser lembrado pelo caráter político de sua obra ou os discos do Dead Kennedys e tantos outros projetos paralelos com nomes importantes do rock, que marcaram duas gerações de punk rockers.

1. Plethysmograph
2. McGruff The Crime Dog
3. Yuppie Cadillac
4. Islamic Bomb
5. The Lighter Side Of Global Terrorism
6. Caped Crusader
7. Enchanted Thoughtfist
8. Dawn Of The Locusts
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S.O.D - "Speak English or Die" (1985)

Em 1985, enquanto o Anthrax estava em estúdio esperando pelos resultados da gravação de "Spreading The Disease", o guitarrista Scott Ian e seu camarada baterista Charlie Benante passavam o tempo disparando riffs e idéias aleatórias, geralmente inspiradas pelo Hardcore. Empolgados com várias das composições, a dupla resolve montar um projeto e seguir adiante.
Curiosamente, a opção para a voz recaiu sobre alguém que nunca havia cantado anteriormente. Billy Milano estava tocando baixo no The Psychos e era um bom amigo, tanto que já fora roadie do Anthrax, e sua voz se encaixaria perfeitamente no esporro que estava por vir. No contrabaixo assumiu Dan Lilker, do Nuclear Assault, que era outra importante figura do underground nova-iorquino.
"Speak English or Die" é considerado como um dos primeiros grandes álbuns de crossover entre o Heavy Metal e o Punk, executado com tal paixão, energia e intensidade. que conquistou adeptos entre headbangers, punks e a galera do hardcore. Sua música, rápida e agressiva, consegue até os dias de hoje refletir toda a cultura conflitante dos grandes centros urbanos.

1. March Of The S.O.D.
2. Sargent 'D' & The S.O.D.
3. Kill Yourself
4. Milano Mosh
5. Speak English Or Die
6. United Forces
7. Chromatic Death
8. Pi Alpha Nu
9. Anti-Procrastination Song
10. What's That Noise
11. Freddy Kreuger
12. Milk
13. Pre-Menstrual Princess Blues
14. Pussy Whipped
15. Fist Banging Mania
16. No Turning Back
17. Fuck The Middle East
18. Douche Crew
19. Hey Gordy!
20. The Ballad Of Jimi Hendrix
21. Diamonds And Rust (Extended Version)
22. Identity
23. Go (S.O.D. Live In Tokyo)
24. March Of The S.O.D./Sargent 'D'
25. Kill Yourself
26. Milano Mosh
27. Speak English Or Die
28. Fuck The Middle East/Douche Crew
29. Not/Momo/Taint/The Camel Boy/Diamonds And Rust/Anti-Procrastination Song
30. Milk
31. United Forces (Part 1)
32. United Forces (Part 2)
33. Ram It Up
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AGNOSTIC FRONT - "Dead Yuppies" (2001)

Sem dúvidas, o Agnostic Front é um dos maiores ícones do hardcore nova-iorquino. Ao lado de bandas clássicas como Cro Mags e Murphy's Law , simplesmente cunhou o som e o termo New York Hardcore.

1. I Wanna Know
2. Out Of Reach
3. Everybodies A Critic
4. Liberty
5. Club Girl
6. Uncle Sam
7. Urban Decadence
8. Love To Be Hated
9. No Mercy
10. Politician
11. Pedophile
12. All Right
13. Dead Yuppies
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sexta-feira, 6 de junho de 2008

SOUNDTRACK

O INVASOR (2002)

Sabotage é o invasor e a alma da trilha sonora. Apareceu nos sets de filmagens de Beto Brant, rimou, convenceu, reescreveu as falas de Anísio (personagem de Paulo Miklos), fez uma ponta, cantou, fez a trilha, ganhou prêmio. Quem conhece o rapper, enxerga os seus gestos e frases na interpretação de Paulo Miklos. Ele é, de fato, a alma do filme.
Sabotage, Pavilhão 9 e Tolerância Zero acrescentam tensão ao filme com suas letras. Há também as trilhas para as cenas de bares e festas - não menos importantes - com ambientes sonoros criados por nomes como Dark e Sarrasague, Gil Mehadeva e George Maia, Professor Antena e Alec Haiat.
Mas isso tudo não tira espaço para a poética bizarra de Paulo Miklos, longe dos Titãs e exercitando sua verve.
O filme ganhou vários prêmios, entre eles o de melhor trilha sonora nos Festivais de Brasília, Recife e Grande Prêmio BR do Cinema Brasileiro.
Filmão e discão.

1. Invasor
2. Vai explodir
3. Aracnídeo
4. Azar
5. Orgia
6. Dentro de você
7. Cantando pro santo
8. Na Zona Sul
9. Ninguém presta
10. Intruder
11. Bossa 9
12. Mun-Rá
13. Quem que cagüetou?
14. 45 rpm - parte I
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AKIRA - "Original Soundtrack" (1994)

Há duas décadas a obra de Katsuhiro Otomo ganhava notoriedade global e levava toda uma nova geração de apaixonados tanto por ficção científica como por desenhos animados a um universo estético totalmente novo. Não que Mangá e Anime não fossem conhecidos no lado de cá do Pacífico, mas "Akira" elevou o gênero a um outro nivel de popularidade e profundidade, tornando-se o ícone de toda uma geração.
A trilha sonora criada pelo coletivo artístico Geinoh Yamashirogumi (um dos ícones da música experimental japonesa) mistura sintetizadores alucinantes com música religiosa e teatral japonesa, percussão cromática da Indonésia e música clássica européia.
Boa viagem...

1. Kaneda
2. Battle Against Clown
3. Winds Over Neo-Tokyo
4. Tetsuo
5. Doll's Polyphony
6. Shohmyoh
7. Mutation
8. Exodus From The Underground Fortress
9. Illusion
10. Requiem
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terça-feira, 3 de junho de 2008

TRIBUTO: 50 ANOS DA BOSSA NOVA

A Bossa Nova está fazendo 50 anos em 2008 ! O Noise Brigade preparou uma singela homenagem para a Bossa, que se tornou um dos gêneros musicais brasileiros mais conhecidos e influentes em todo o mundo e hoje pode ser considerado um símbolo nacional.

Graças à Bossa Nova a música brasileira deixou de ser uma curiosidade exótica e passou a integrar o repertório dos músicos e dos ouvintes mais sofisticados do Planeta.

O mês de Junho será dedicado ao ritmo, com posts de álbuns clássicos, histórias e também biografias dos principais personagens deste movimento tão importante na história de nossa música ! Enjoy !

Os Primórdios

Nos anos 40, a grande novidade musical foi o lançamento, em 1946, de "Copacabana", um samba-canção de João de Barro e Alberto Ribeiro, gravado pelo cantor Dick Farney, com claras influências da música americana. A composição foi a precursora do que se chamou Samba Moderno, cujos grandes intérpretes foram o próprio Dick Farney e Lúcio Alves.

A suposta rivalidade destes dois grandes cantores era alimentada pela imprensa e por seus fã-clubes. No início dos anos 50, eram eles, com suas vozes aveludadas, os maiores ídolos da juventude brasileira. Ao lado de Ary Barroso, Johnny Alf, Garoto, Dolores Duran, Luiz Bonfá e Tito Madi, entre outros, influenciaram decisivamente a formação da geração que se consagraria através da Bossa Nova.

Também era moderno gostar de conjuntos vocais como os Garotos da Lua, do qual João Gilberto foi crooner, e os Quitandinha Serenaders, que contavam com Luiz Bonfá ao violão. Ou ainda Os Cariocas, então em sua formação original: lsmael Netto, Severino Filho, Badeco, Quartera e Valdir. Todos eles também demonstravam uma sensível influência da música americana, mais elaborada e de uma certa forma mais elegante.

As Parcerias

As parcerias foram um forte fator para o sucesso da Bossa Nova. Roberto Menescal, Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli passaram a compor juntos e "Se é Tarde Me Perdoa" e "Lobo Bobo" foram umas das primeiras composições do trio. Bôscoli compos com Chico Feitosa, sendo que "Sente", "Complicação" e "Sei", são músicas desta fase. Conjuntos, como o American Jazz, formado pelos irmãos Castro Neves, também começaram a surgir e Bôscoli também se uniu com Oscar, o violinista do grupo, na criação de Não Faz Assim, mais uma das primeiras canções da Bossa Nova.

João Gilberto voltava de viagem e resolveu mostrar suas composições para alguém. Gilberto pegou o violão e mostrou em primeira-mão "Ô-ba-la-lá" para Roberto Menescal, que gostou e resolveu mostrar a música para outras pessoas. Parou, então, no apartamento de Ronaldo Bôscoli, depois foram para a casa de Nara Leão. Com isso João Gilberto foi adotado pela turma e, com o tempo, passou a liderar o "movimento".

João Gilberto só conheceu Tom Jobim graças a uma indicação do fotógrafo Chico Pereira. Os dois não se conheciam pessoalmente, apenas de nome, nas apresentações pela noite carioca. João Gilberto bateu na porta de Tom Jobim e mostrou suas composições. Tom também mostrou algumas criações suas e apresentou "Chega de Saudade", que estaria no álbum Canção do Amor Demais, de Elizeth Cardoso.


SYLVIA TELLES,LÚCIO ALVES E ROBERTO MENESCAL - "Bossa Sessions" (1964)

1. Baiãozinho
2. Ela é carioca
3. Vivo sonhando
4. Amanhecendo
5. Ainda mais lindo
6. Cinco por oito
7. Telefone
8. Definitivamente
9. Moça da praia
10. Tempinho bom
11. Primavera
12. Esse seu olhar

STAN GETZ E LUIZ BONFÁ - "Jazz Samba Encore !" (1963)

Bonfá foi, como compositor, um dos responsáveis pela transição do samba-canção para a Bossa Nova, com suas composições do início da década de 50, interpretadas por nomes como Nora Ney, Lucio Alves e Johnny Alf. Seu maior êxito, Manhã de Carnaval, feita para o filme Orfeu do Carnaval (1959), tem incontáveis gravações em todo o mundo, a primeira delas feita por Agostinho de Santos.

Tendo morado nos Estados Unidos por muitos anos, principalmente nas décadas de 50 e 60, Bonfá pertence àquela categoria de gênios musicais brasileiros mais conhecidos no exterior do que em seu próprio país. Gravou dezenas de discos , mas seu catálogo no Brasil é pequeno.No fim da década de 60 Bonfá trabalhou com Eumir Deodato nos EUA, tendo se dedicado ao jazz e sido gravado por gente como Frank Sinatra e Sarah Vaughan.

1. Sambalero
2. Só Danço Samba
3. Insensatez
4. O Morro Nao Tem Vez
5. Samba De Duas Notas
6. Menina Flor
7. Mania De Maria
8. Saudade Vem Correndo
9. Um Abraco No Getz
10. Ebony Samba (Second Version)
11. Ebony Samba
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As Origens

Ruy Castro em "Chega de Saudade" começa a contar a história da Bossa Nova a partir da fundação do Sinatra-Farney Fã-Clube em 1949. Foi lá que muitos nomes hoje consagrados (incluindo Johnny Alf, João Donato, Paulo Moura e Doris Monteiro, entre outros) começaram a se reunir para ouvir e tocar num estilo moderno que viria a constituir o movimento da Bossa Nova.

Por volta de 1955, alguns bares, hotéis e clubes se tornaram redutos para músicos interessados em mostrar seu trabalho. O bar Judô Azul, escondido atrás do cinema Rian, tinha Tom Jobim como pianista, vivia cheio de músicos e futuros músicos cariocas. No Clube Tatuis, em Ipanema, ocorriam algumas jam sessions com o violonista Cadinho e, às vezes, com Tom Jobim. Serenatas noturnas aconteciam no Porto 6. No Clube Leblon e no Hotel América também aconteciam reuniões e sessions inspiradas na música norte-americana.

Outras reuniões aconteciam no apartamento do casal capixaba Jairo e Altina Leão na Av. Atlântica. Eles recebiam com prazer os amigos da filha caçula do casal, a tímida Nara Loffego Leão, para reuniões musicais em que se trocavam acordes e idéias, tudo regado a muito refrigerante e sucos de frutas. O apartamento em que moravam entrou para a História como o principal reduto da nova turma da Bossa Nova, freqüentado por Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Carlos Lira, Luís Carlos Vinhas, os irmãos Castro Neves, Luís Eça, Baden Powell, às vezes João Gilberto, e eventualmente por Tom Jobim. Ou seja, a turma que criou a bossa nova.

Outro apartamento que se transformou em point para os músicos foi o de Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli. Ali diversos músicos apareciam para passar a noite, entre eles Caetano Zama, Pedrinho Mattar e Miéle, mas o mais ilustre foi João Gilberto, que tinha o costume de voltar com o sol nascendo, depois de passar a noite por bares cariocas.

"Canção de Amor Demais" - LP , com Elizeth Cardoso, e "Chega de Saudade"- compacto 78 rpm, de João Gilberto, lançados em 1958, sãoconsiderados os precursores da Bossa Nova. Elizeth interpretava canções de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, enquanto João Gilberto tinha Bim-bom no lado B de seu álbum, um dos clássicos da música brasileira, no qual mostrava uma nova forma de tocar violão.

Com seu primeiro álbum,"Chega de Saudade", João Gilberto começa a se tornar conhecido pelo Brasil.O violinista já mostrava seu gênio difícil, ao pedir dois microfones, um para a voz e outro para o violão, algo não muito usual para a época, além de interromper as gravações a todo o momento, dizendo que os músicos erraram o arranjo, ou que o som não estava bom, um pequeno exemplo do que ele faz até hoje.

ELIZETE CARDOSO - "Canções do Amor Demais" (1958)

Considerado realmente como a pedra fundamental da Bossa Nova por conter pela primeira vez reunidas canções de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, que marcariam definitivamente o movimento, o disco tornou-se histórico na música popular brasileira por ter revelado pela primeira vez uma batida de violão que iria mudar os rumos de nossa música... Era a estréia tímida de João Gilberto e seu estilo que daria vida a Bossa Nova.

A contra-capa vinha assinada por Vinicius de Moraes na qual ele se derrete em elogios a sua amizade com Irineu Garcia, Elizete Cardoso e a parceria com Tom Jobim, assim expressa: "(...) Nem com este LP queremos provar nada, senão mostrar uma etapa de nosso caminho de amigos e parceiros no divertidíssimo labor de fazer sambas e canções, que são brasileiros, mas sem nacionalismos exaltados e dar alimento aos que gostam de cantar, que é coisa que ajuda a viver".


1. Chega de saudade
2. Serenata do adeus
3. As praias desertas
4. Caminho de pedra
5. Luciana
6. Janelas abertas
7. Eu não existo sem você
8. Outra vez
9. Medo de amar
10. Estrada branca
11. Vida bela
12. Modinha
13. Canção do amor demais
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JOÃO GILBERTO - "Chega de Saudade" (1959)

"João Gilberto é um baiano, "bossa-nova" de vinte e seis anos.

Em pouquíssimo tempo, influenciou tôda uma geração de arranjadores, guitarristas, músicos e cantores. Nossa maior preocupação, neste "long-playing" foi que Joãozinho não fosse atrapalhado por arranjos que tirassem sua liberdade, sua natural agilidade, sua maneira pessoal e intransferível de ser, em suma, sua espontaneidade. Nos arranjos contidos neste "long-playing" Joãozinho participou ativamente; seus palpites, suas idéias, estão todas aí. Quando João Gilberto se acompanha, o violão é ele. Quando a orquestra o acompanha, a orquestra também é ele. João Gilberto não subestima a sensibilidade do povo.

Ele acredita, que há sempre lugar para uma coisa nova, diferente e pura que - embora à primeira vista não pareça - pode se tornar, como dizem na linguagem especializada: altamente comercial. Porque o povo compreende o Amor, as notas, a simplicidade e a sinceridade. Eu acredito em João Gilberto, porque ele é simples, sincero e extraordinàriamente musical."

P. S. - Caymmi também acha.

Antonio Carlos Jobim

1. Chega de Saudade
2. Lobo Bobo
3. Brigas Nunca Mais
4. Hô-bá-lá-lá
5. Saudade Fez Um Samba
6. Maria Ninguém
7. Desafinado
8. Rosa Morena
9. Morena Boca de Ouro
10. Bim Bom
11. Aos Pés da Cruz
12. É Luxo Só
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Os Anos 50

O Rio de Janeiro já vivia um raro momento de florescimento artístico, como poucas vezes se viu na história da cultura nacional. Não é à toa que os anos 50 são conhecidos como os "Anos Dourados". O Brasil vivia então um período de crescimento econômico que acabou se refletindo em todas as áreas. Em 1956, Juscelino Kubitschek tomou posse na Presidência da República com o slogan desenvolvimentista "50 anos em 5" .

A palavra "bossa" era um termo da gíria carioca que, no fim dos anos 50, significava jeito,maneira. Quando alguém fazia algo de modo diferente, original, de maneira fácil e simples, dizia-se que esse alguém tinha "bossa". E a expressão "Bossa Nova" surgiu em oposição a tudo o que um grupo de jovens achava superado, velho, arcaico, antigo.

Não é somente a originalidade rítmica a responsável pela definição da Bossa Nova. Ela incorpora diversos aspectos da linguagem do jazz, especialmente do be-bop (de concepção mais elaborada do que o jazz tradicional) e do cool jazz (cujos intérpretes eram músicos que tinham conhecimento técnico apurado, e que usavam um estilo contido e anticontrastante nas suas performances).

O movimento também teve seus detratores. Antônio Maria, autor de sambas-canções como Ninguém me ama, foi um dos primeiros. Nenhum teve a virulência do crítico musical José Ramos Tinhorão, para quem a Bossa Nova nunca passou de "uma montagem da música norte-americana, uma adaptação servil do cool jazz".

Consagrada internacionalmente, tendo superado todas as discussões entre apreciadores entusiasmados e críticos ferozes, a Bossa Nova conquistou a sua identidade. "Garota de Ipanema", de Tom e Vinícius, e "Wave", de Tom Jobim, estão entre as músicas mais gravadas no planeta.

DICK FARNEY - "Jazz" (1961)

Dick Farney, nome artístico de Farnésio Dutra da Silva, chegou a ser apelidado de "O Frank Sinatra brasileiro", tal a qualidade de sua voz. Logo após o lançamento de Copacabana, Dick, um apaixonado pela música americana, especialmente por Sinatra, Mel Tormé e Dick Haymes, embarcou para os Estados Unidos a fim de tentar a carreira por lá, cantando também em inglês. No verão de 1949, foi fundado na Rua Dr. Moura Brito, na Tijuca, o primeiro fã-clube do Brasil: o "Sinatra-Farney Fã-Clube", do qual faziam parte nomes como Johnny Alf, João Donato e Paulo Moura.

Voltando para os Estados Unidos, Dick tornou-se amigo de um dos mais conhecidos instrumentistas do jazz e uma de suas principais influências no piano: Dave Brubeck.

Na década de 50, já amigo de diversos músicos americanos e com respeitado conceito entre eles, Dick Farney tocava no Peacock Alley, um requintado bar do Hotel Waldorf Astoria, em Nova York. Como os frequentadores do bar em sua maioria não falavam português, Dick apresentava a música Copacabana com uma versão em inglês.

Numa viagem ao Rio, em 1958, Dick deu um memorável concerto de jazz no auditório do jornal O Globo, apresentando-se com o baixista Xu Viana e o baterista Rubinho. Entre os temas de jazz, tocou sua versão de Copacabana com a letra em português e inglês, o que foi o sucesso da noite. O concerto foi gravado ao vivo e virou um LP no qual curiosamente a faixa "Copacabana" não se encontra. Dick Farney foi um dos primeiros cantores a procurar uma nova maneira de interpretar o samba. "Por que não existe um samba que a gente possa cantarolar no ouvido da namorada?", perguntava ele.

1. Swanee River
2. These Foolish Things
3. RGE Blues
4. Improviso Nº 1
5. Georgia On My Mind
6. Tangerine
7. Improviso Nº 2
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JOHNNY ALF - "Rapaz de Bem" (1961)

Alfredo José da Silva, o grande Johnny Alf, nasceu no Rio de Janeiro em 19 de Maio de 1929. Começou a aprender piano clássico aos nove anos, com Geni Borges, amiga da família, logo demonstrando interesse por compositores do cinema norte-americano, como George Gershwin e Cole Porter. Por sugestão de uma amiga norte-americana, adotou o pseudônimo de Johnny Alf, quando de sua apresentação no programa de jazz de Paulo Santos, na Radio MEC .

Com o grupo do Instituto Brasil-Estados Unidos fundou um clube para promoção e intercâmbio de musica brasileira e norte-americana, que realizava sessões semanais para analisar orquestrações, solos, além de apresentar filmes, shows, concertos de jazz, entre outras atividades. Quando Dick Farney, já profissional e recém-chegado dos EUA, ingressou no grupo em 1949, o clube passou a chamar-se Sinatra-Farney Fan Club, tendo entre seus sócios Tom Jobim, Nora Ney e Luís Bonfá, entre outros.

Em 1961 gravou na RCA seu primeiro LP, "Rapaz de Bem", que incluía, entre outras, "Ilusão à Toa", que se tornou um grande êxito. Ainda nesse ano, recebeu convite do compositor Chico Feitosa para tocar no Carnegie Hall, em New York, EUA, mas não viajou, permanecendo em São Paulo. No ano seguinte, retornou ao Rio de Janeiro, tocando no Bottle’s Bar, na mesma época em que ali atuavam o Tamba Trio, Sérgio Mendes, Luís Carlos Vinhas e Silvia Teles.

1. Rapaz de Bem
2. Escuta
3. Feiticaria
4. Fuga
5. Tema sem Palavras
6. Penso em Voce
7. O Que e Amar
8. Fim de Semana em Eldorado
9. Que Vou Dizer Eu
10. Ilusao a Toa
11. Tudo Distante de Mim
12. Vem
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