Depois de 30 anos separados, o New York Dolls voltou a se reunir em 2004 graças ao convite de um dos maiores fãs do grupo: o ex-vocalista dos Smiths, Morrissey.
Nesta quinta-feira (10/04), a banda aterrisou pela primeira vez em terras brasileiras, depois de passar pelos Estados Unidos e Reino Unido, divulgando o lançamento do novo disco One Day It Will Please Us to Remember Even This, de 2006. Veja a resenha do show no site do Skol Beats.
Influenciados pelo som dos Stones, pela androginia de Mick Jagger, o glam rock de David Bowie e T-Rex, além das loucuras de Iggy Pop e seus Stooges, o New York Dolls criou uma nova forma de fazer hard rock, misturando a sujeira do que viria a ser o punk.
Com suas viagens sob efeitos de drogas e shows totalmente caóticos, influenciaram várias gerações de bandas inglesas e norte-americanas, principalmente as que viriam a criar verdadeiramente o punk rock. E foi esse efeito devastador e destruidor que ajudou o grupo a acabar com apenas dois discos lançados.
O New York Dolls é responsável pelo nascimento do punk rock, mesmo que, na época, não tivessem a menor noção do que estava criando. Formado por ex-integrantes de diversas bandas nova-iorquinas, o New York Dolls nasceu em 1971 com Johnny Thunders e Rick Rivets nas guitarras, Arthur Kane no baixo e Billy Murcia na bateria, além de David Johansen nos vocais. Em 1972 Rivets deixa o grupo e Syl Sylvian entra em seu lugar.
Neste mesmo ano de 1972, o grupo embarca para a primeira tour pelo Reino Unido. Durante a viagem, o baterista Murcia morre depois de misturar drogas e álcool. Em seu lugar entra Jerry Nolan. Com Nolan firme no posto, finalmente o Dolls assina um contrato com a Mercury Records.
Após serem dispensados da Mercury, os Dolls resolvem trabalhar com um novo empresário, o inglês Malcolm McLaren, que logo depois ficaria famoso graças ao Sex Pistols. Com o Dolls, McLaren começa a criar uma imagem para a banda que viria a chocar o público, claro que pensando na publicidade que ganharia com isso. Não deu certo, mas o empresário repetiria a dose, agora se dando bem, com o Pistols.
Na metade de 1975, Thunders e Nolan são os primeiros a pular do barco. Os membros restantes, Johansen e Sylvian demitem McLaren e tentam manter o grupo com uma nova formação. Durante dois anos, o Dolls continua trabalhando mas em 1977 os dois resolvem que era hora de parar definitivamente. Nas duas décadas seguintes dezenas de coletâneas, discos ao vivo e gravações raras são lançados por vários selos.
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